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Um inverno mais frio

20/06/2025
O inverno de 2025 promete trazer mudanças climáticas significativas para o Brasil, marcando um contraste com os anos anteriores.


Depois de dois anos com invernos muito brandos, nos quais muitos brasileiros nem chegaram a sentir frio, muitos se perguntam se este ano o frio será mais intenso.

De acordo com especialistas em meteorologia, o inverno de 2025 pode ser mais rigoroso do que nos últimos anos, especialmente em algumas regiões do país. A estação começa oficialmente em 20 de junho e vai até 22 de setembro, e já há sinais de que o clima pode surpreender.

Um dos principais fatores por trás dessa possível mudança nas temperaturas é a transição do fenômeno El Niño para um possível La Niña. O El Niño, que predominou no último ano, elevou as temperaturas em várias partes do país e reduziu a frequência de frentes frias. Agora, com o Oceano Pacífico Equatorial esfriando, há uma expectativa de que o La Niña se instale, favorecendo a entrada de massas de ar polar no continente sul-americano.

As regiões Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste devem ser as mais impactadas. No Sul, é possível que haja geadas frequentes e ocorrência de neve nas áreas serranas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Já no Sudeste, cidades como São Paulo, Belo Horizonte e mesmo o Rio de Janeiro podem registrar mínimas próximas ou até abaixo de 10°C durante ondas de frio.

A meteorologia também aponta que, ao contrário de invernos recentes marcados por veranicos — períodos anormalmente quentes e secos —, o inverno de 2025 pode ser mais contínuo em termos de frio. Ou seja, haverá menos oscilações bruscas de temperatura e um predomínio de dias frios, especialmente em julho e agosto.

No entanto, não se espera um inverno rigoroso em todo o país. Regiões do Norte e Nordeste devem continuar com temperaturas elevadas, ainda que com menor volume de chuvas em relação ao verão. Mesmo assim, cidades do interior do Nordeste, como Petrolina, em Pernambuco e Juazeiro, na Bahia, podem sentir um leve resfriamento nas madrugadas, especialmente em áreas de maior altitude.

Outro fator importante é o aumento da frequência de frentes frias vindas da Argentina e do sul do Chile, que avançam pelo território brasileiro com maior facilidade quando o La Niña está ativo. Isso reforça a expectativa de mais dias com céu encoberto, chuvas leves e temperaturas baixas nas regiões Sudeste e Sul.

A população deve estar atenta às previsões semanais e se preparar para quedas acentuadas de temperatura. O uso de roupas adequadas, cuidados com a saúde respiratória e atenção especial com crianças, idosos e pessoas em situação de rua serão fundamentais.

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