Câncer no testículo: diagnóstico precoce aumenta chance de cura
A Sociedade Brasileira de Urologia revelou, recentemente, dados estarrecedores sobre o câncer de testículo; uma média de 4,8 mil retiradas de testículo por ano!
O câncer de testículo é um tipo relativamente raro de tumor maligno que afeta os testículos, órgãos responsáveis pela produção de espermatozoides e testosterona. Embora seja raro no contexto geral dos cânceres, é o tipo mais comum entre homens jovens, geralmente entre 15 e 35 anos. Felizmente, quando diagnosticado precocemente, possui altas taxas de cura.
Causas e fatores de risco
Não há uma causa única conhecida para o câncer de testículo, mas alguns fatores de risco podem aumentar as chances de desenvolvimento da doença. Entre eles, destacam-se:
• Criptorquidia: condição na qual um ou ambos os testículos não descem para o escroto antes do nascimento.
• Histórico familiar: homens cujos parentes próximos tiveram câncer de testículo podem ter maior risco.
• Síndrome de Klinefelter: uma condição genética que pode aumentar o risco de tumores testiculares.
• Câncer testicular prévio: homens que já tiveram câncer em um dos testículos possuem maior probabilidade de desenvolver a doença no outro testículo.
Sintomas
Os sintomas do câncer de testículo podem variar, mas os mais comuns incluem:
• Aumento ou inchaço de um testículo (com ou sem dor);
• Presença de um nódulo ou massa dura no testículo;
• Dor ou desconforto no testículo ou no escroto;
• Sensação de peso no escroto;
• Acúmulo de líquido no escroto;
• Dor na parte inferior do abdômen ou na região lombar, em casos mais avançados.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico do câncer testicular envolve exames clínicos e de imagem. O médico pode solicitar exames laboratoriais e de imagem e o tratamento varia conforme o estágio da doença, mas geralmente inclui:
• Orquiectomia radical: cirurgia para remoção do testículo afetado, sendo o primeiro passo do tratamento.
• Quimioterapia: indicada para casos avançados ou quando há metástases.
• Radioterapia: utilizada em alguns casos específicos, principalmente em tumores do tipo seminoma.
• Cirurgia adicional: em situações em que há necessidade de remover gânglios linfáticos comprometidos.
Expectativa de Cura
O câncer de testículo possui uma das melhores taxas de cura entre os cânceres, especialmente quando diagnosticado precocemente. Em estágios iniciais, a taxa de cura ultrapassa 95%. Mesmo em casos mais avançados, com metástases, os tratamentos disponíveis são altamente eficazes, oferecendo boas chances de recuperação.
Embora o câncer de testículo seja uma condição preocupante, sua alta taxa de cura e os tratamentos eficazes disponíveis trazem um prognóstico positivo para a maioria dos pacientes. O autoexame regular e a consulta médica ao notar qualquer alteração nos testículos são essenciais para o diagnóstico precoce. Com isso, é possível garantir um tratamento adequado e aumentar as chances de recuperação completa.